O Prêmio Oxford de Design 2020 tem como tema “Uma viagem pela sua casa”, tudo a ver com a realidade que vivemos neste ano desafiador. Com a pandemia do novo coronavírus, tivemos que nos abrigar em casa por longos períodos. Agora, vamos ver como as pessoas traduziram essa experiência através de uma linha de louças.
E para inspirar os concorrentes do POD 2020, conversamos com Gabriel Sherer – ganhador do Prêmio Oxford de Design do ano passado – sobre a experiência. Natural de Foz de Iguaçu, PR, Gabriel é formado em Arquitetura e Urbanismo, e foi premiado pela criação do projeto “Etéreo Amanhã”.
Ao lado de Taine Gonçalves e Rogério Campos –vencedores do Prêmio Oxford de Design 2019, em segundo e terceiro lugar, respectivamente–, ele fará parte do juri deste ano. Confira a entrevista e as dicas, a seguir!
Puxe Uma Cadeira: Como foi a experiência de ser o vencedor do Prêmio Oxford de Design?
Gabriel Sherer: Foi bem surreal. Até hoje ainda é, principalmente porque eu não trabalho na área do design diretamente, embora a arquitetura conecte o design e a construção civil. Mas foi uma experiência incrível. Eu sempre fui de duvidar da minha capacidade. E ganhar o POD veio como uma reafirmação de que, independente do objetivo, se eu colocar dedicação e paixão no que estiver fazendo, é possível atingi-lo. E isso serve para qualquer um.
PUC: O que achou do tema desta edição do Prêmio Oxford de Design 2020: Uma viagem pela sua casa?
GS: Se o tema fosse outro não faria sentido. Nesse ano, muita coisa precisou mudar. A realidade de muita gente foi transformada e, infelizmente, tivemos que nos adaptar à vida dessa forma. Muitas pessoas se viram na obrigação de dividir seu tempo entre família, trabalho, escola das crianças, lazer e descanso. E isso tudo, agora, precisa ser feito no mesmo espaço. Por isso, a percepção da casa mudou, nasceram novos “espaços” e novos hábitos, e a casa passou a ter um significado muito maior do que quando passávamos menos tempo nela.
PUC: O que faz você se sentir em casa? Que hábitos, ou diferenças, descobriu na sua casa nesse período em que estamos mais confinados?
GS: Não quero ser clichê, mas ver minha família feliz, saudável e se cuidando é o que me faz sentir em casa. Além disso: organização, colaboração e meus gatos. Eu já trabalhava em casa antes da quarentena mas tive que setorizar bem meu tempo de trabalho, de descanso, de estudar, de ajudar em casa, de brincar com a minha sobrinha. Com mais gente em casa, se não houver essa organização do seu próprio tempo e afazeres, pode virar uma bagunça. Felizmente somos bem adaptáveis, mas ainda assim vale reconhecer os próprios privilégios, por conseguirmos adaptar nossa vida no espaço físico da casa.
PUC: O que você está fazendo no momento, profissionalmente?
GS: Estou trabalhando como arquiteto autônomo. Faço maquetes eletrônicas.
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