Boa notícia para quem curte design: o Prêmio Oxford de Design acaba de dar início à sua quarta edição! E como o arquiteto Marcelo Rosenbaum será um dos jurados da premiação, corremos para entrevistá-lo. Confira tudo aqui!
Com o tema Folclore pelo mundo: o encontro da imaginação com a arte, o Prêmio Oxford de Design 2018 vai receber inscrições entre os dias 30/08 e 17/09 de 2018. A ideia, segundo o site do concurso, é “celebrar os costumes e as belezas das culturas ao redor do globo criando uma linha de louças que as represente”.
O processo de seleção dos trabalhos inscritos será feito em 3 etapas: por votação popular, avaliação do júri de vencedores das edições anteriores e, finalmente, pela avaliação do júri técnico. Os jurados técnicos deste ano serão: o arquiteto e designer Marcelo Rosenbaum; a diretora da revista Casa Vogue, Taissa Buescu; e o designer de mobiliário Zanini de Zanine. Só feras!
Confira, agora, a entrevista com Marcelo Rosenbaum sobre o Prêmio Oxford de Design, e muito mais!
Qual a importância do design no dia a dia das pessoas?
Marcelo Rosenbaum: O design está na vida de todos cada vez em mais detalhes, da casa aos gadgets. Mas tenho me movido muito procurando trabalhar com o valor ancestral das comunidades aplicada ao design.
O que um bom design não pode deixar de ter?
MR: Um bom design tem que ter muitas coisas mas, especialmente, tem que ter beleza. A beleza é um atributo capaz de emocionar. E de fazer com que o objeto se relacione com o usuário ou público, revelando um processo oculto que pode ser simples ou pode ter muita trama, história e complexidade no seu desenvolvimento. O design é uma profissão plural, normalmente envolve muita gente. Isso é o que mais me encanta.
Cite três designers que você admira.
MR: Admiro muitos mestres e amigos, fica complicado selecionar apenas três.
O tema central do Prêmio Oxford de Design é “Folclore ao redor do mundo”. O que você espera dos concorrentes?
MR: Espero que os produtos abordem o tema de forma atual, e que o resultado seja educativo, embora não literal.
Há alguma lenda ou tradição folclórica que tenha marcado sua vida ou infância?
MR: Alguns personagens como o Curupira, a Sereia, e o Saci, nunca vão deixar de fazer parte do meu repertório.
Você está à frente do projeto A Gente Transforma que atua em várias regiões do Brasil com o intuito de despertar e potencializar os valores e saberes essenciais de comunidades através do design. Fale um pouco sobre esse trabalho.
MR: O A Gente Transforma nasceu em 2010 de um chamado da alma. Sua criação veio pôr em movimento um processo que exibe e potencializa a sabedoria e o alto nível de desenvolvimento humano de comunidades que permanecem à margem da sociedade. O A Gente Transforma coopera para a reconquista da autoestima destas comunidades. Faz isso por meio de ações que retomam saberes ancestrais e trazem benefícios concretos para o indivíduo e as comunidades: liberdade, autonomia, prosperidade. É um passo ambicioso que impacta a sociedade como um todo, à partir da visão integrada de saberes de ontem e hoje.
Quais os maiores desafios e recompensas ao trabalhar com pequenas comunidades produtoras de artesanato?
MR: Uma das coisas que mais me encanta no artesanato é a forma como ele representa uma resistência à sobrevivência da cultura, da tradição. É a conexão das pessoas com sua ancestralidade, uma forma linda de honrar seus antepassados. É uma luta silenciosa pela liberdade, pelo direito de se manter com dignidade na sua terra natal. A resistência silenciosa, feita através da paciência e da beleza.
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Inspirador, não é mesmo? Aproveite e se inscreva já no Prêmio Oxford de Design! O vencedor vai ganhar um prêmio de R$ 7.000,00, e irá lançar sua linha de louças Oxford, em edição limitada e numerada.
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